Janaína
Janaína (Yèyé omo ejá)
À beira mar, areias iluminadas
Pelas velas, brancas, alumiando a fé...
Devotos e simpatizantes do Candomblé
Levando ao mar suas oferendas sagradas...
Refletindo cores, a seda do papel...
Franjas e fitas... Mil barquinhas adornadas
E repletas de belas flores perfumadas...
Os tambores retumbando debaixo do céu...
É festa de Iemanjá! Festa encantada...
Em reverência à Bela Senhora dos Mares
Cantam as Mães-de-Santo, rodando as saias...
Vem a Rainha, esplêndida, na madrugada,
Exalando sua régia fragrância nos altares...
Abençoando seus filhos, que dançam pelas praias...
*Este soneto não tem caráter religioso; tratando-se tão somente de homenagem poética (verificada por ótica de cunho cultural) à belíssima celebração da seita/religião do Candomblé, no dia em que festeja o orixá da Mitologia Yorubá, ’Yéyé omo ejá‘ (Mãe de filhos peixes).