Amanhã De Uma Vez

Ceia embriagada era

Lesa esmerado passado

Sem uso, finória espera

Luxo e vil compenetrado.

Sangue na boca do túbulo

Deita à lama pífia e fosca

Canto infame, cálido túmulo

Eia! Solta já a rota rosca.

Bastardos iniódimos rasos

Abstraem telúricas vozes

Enfermo chá, rés espasmos

Na traquéia, ratos algozes.

E já passam das três

Há manhã no ar, talvez.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 30/10/2006
Código do texto: T277306
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