Capacete Vermelho
Nasceste para ser escravo —
Critica, pois, meu capacete!
Rubro lembra velho estrago
Exposto a certo palacete.
Exímio será o nosso brado,
Epístolas, nosso estilete,
Ao vosso ser, trajai o artefato
Citado nos versos valentes.
As pálpebras de outrem aos prantos
Por forças despendidas — fartas —,
À cor do sangue, desenhemos.
E o mundo cederá em seu espanto,
Criar-se-á do direito em cascatas
Por ruas em que, hoje, vivemos.