***Serpente Angel***

Vem, voa ligeiro, uma ave de arribaçã

Cavalgar no mundo em seu carrossel

Com marcas invisíveis, em seu tropel

Imprimindo ao peito, canto do acauã

Tu és a filha da mata, criatura de Tupã

Teu beijo é um veneno na boca do réu

É o vôo dum condor do inferno ao céu

Às aguas da Yara, e pântanos de Nanã

Se tu és Serpente que oferece a maçã

Ou escondes a doçura e secretas o fel

Que torna-se furta cor em pele alvaçã

És tu que deixas na boca gosto de mel

Nas asas de hoje não mais de amanhã

E nas miríades do paraíso és tu, Angel...

Valdivio Correia Junior, 12/02/2011

Juninho Correia
Enviado por Juninho Correia em 12/02/2011
Reeditado em 28/12/2023
Código do texto: T2788203
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