GERMINAR

No cerne do que sou, eu guardo, acesas,

faíscas dos teus olhos fascinantes,

de todos os mortais, os mais brilhantes,

reluzo às tuas máximas grandezas.

Pela nudez da minha plenitude,

afago com carinho os teus bordados

com fios de sorrisos tão dourados

e teço, em mim, puríssima virtude.

No delicado vaso meu, de flor,

tu lanças tuas terras cultiváveis

a me fertilizar nos dons afáveis,

a germinar, no mundo, o nosso amor.

Ah, quanto regozijo abrir-te em mim...

Meu simples vaso torna-se um jardim!

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 16/02/2011
Reeditado em 17/02/2011
Código do texto: T2795113
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