Soneto à Alma Welt
"Guria branca de gênio sonhador
Cuja vida haverá de ser um hino
À beleza, à liberdade e ao amor!"
Alma Welt
Guria branca, lá do pampa ondulado,
Onde germina a campina verdejante,
Alma moleca, de espírito rutilante,
Peito distante das agruras do pecado.
Viveu, amou, dançou, e fez poesia...
A um só tempo, duplicada e una,
Macia duna, catarina de Laguna!
Cantou a vida onde a vida principia...
De verde ventre veio em seio açoriano,
Que foi nascida a rumo do chão fecundo
Onde a vindima floresce gentil a cada ano...
...No coração muitos anseios oriundos
Da lhana terra que nunca mira o engano...
Bela senhora de todos os mundos...!