Sombras da noite

Das etéreas áreas infernais o morto

Congênito do mal célere e demente

Nos uivos da fera o medo descrente

Sina que o persegue este vil absorto.

Nas trevas remotas da eternidade

Jazem as lágrimas findas do espanto

Saudade da idade de antes o encanto

Verve que verve nas veias da maldade.

Sombras iníquas desse desespero

Crateras no coração das tais trevas

Secular dor do espírito que enlevas.

Nêmeses que medra neste que espero

Clamores do alem bramem por clemência

Solidão dos que morrem na demência.

Dr Flynn
Enviado por Dr Flynn em 20/02/2011
Código do texto: T2804087
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