Sombras da noite
Das etéreas áreas infernais o morto
Congênito do mal célere e demente
Nos uivos da fera o medo descrente
Sina que o persegue este vil absorto.
Nas trevas remotas da eternidade
Jazem as lágrimas findas do espanto
Saudade da idade de antes o encanto
Verve que verve nas veias da maldade.
Sombras iníquas desse desespero
Crateras no coração das tais trevas
Secular dor do espírito que enlevas.
Nêmeses que medra neste que espero
Clamores do alem bramem por clemência
Solidão dos que morrem na demência.