Prefácio

Perdoa meu amigo, minha amiga,

Por este arremedo de poesia.

Jamais eu cultivei a fantasia

De expor a outro olhar esta cantiga.

Se um sonho existia é coisa antiga.

Mas hoje, consciente – quem diria!

-, Por mim o sofrimento não teria,

Ninguém de sujeitar-se a esta fadiga.

Se alguém aqui chegou, foi por proeza

Da incauta poetisa que, um dia,

Ousou acreditar que alguns coitados

Pudessem merecer a gentileza

De alguém que, paciente, aqui leria

A estes versos tão desengonçados.

(03.11.2006)

Roberto Barros
Enviado por Roberto Barros em 03/11/2006
Reeditado em 03/11/2006
Código do texto: T281084