MISTÉRIO SUPREMO

Deposito estas hastes desfolhadas

do que um dia floriu-me lindamente

neste cesto em que secam, tristemente,

minhas rosas tão vãs, despetaladas.

Ó, rancor desses homens! Inclemente...

Tempestade em manhãs ensolaradas,

culpas "Deus" por vinganças, mãos pesadas,

lanças tons ao "Pai Nosso" iguais de gente!

Eu não creio em Senhor de leis tão duras,

sujigando, violento, o condenado

nos porões mais sombrios das agruras!

Quão dorido este mundo hostilizado,

aos castigos “divinos”, às torturas!

Ai, que Deus brutalmente humanizado!