É a vida!

Sou arrimo, desta vida, comparsa...

Que a cada dia dela vou proceder,

Conforme a sinuosa curva, tanger.

Vou, por cada ato, encenar a farsa..

Eu ainda, hei de rir dessa desgraça...

A não poder do pão melhor, comer,

E de uma sede mórbida, não beber,

Nos cristais, de tinto vinho... a taça...

Mas a vida, insiste de mim, morrer...

Se insistente, vou quase sem força,

Mesmo sabendo o rumo, percorrer...

Só vejo o horizonte, tão sem graça...

Tal sol dessa jornada, se escurecer,

Para essa agonia, qual nunca passa...

Valdívio Correia Junior, 26/02/11