LUSCO-FUSCO
O dia se tinge de cores crepusculares,
Faz-se um vergel nos campos empíreos.
Despida de véu, a lua dança nos mares
E exala nos ares fragrâncias de lírios!
Não há de serem empíricas, as cores,
Que pintam o céu no fim do dia.
Nem haverá pétalas sem os olores,
Nas flores matizadas de fantasias.
Nostalgia! A tarde se despede...
Inebriada de cambiantes e preces,
A esparzir odores nas pétalas aladas.
O dia é acolhido em lençóis célebres
E, sequer, percebe o que lhe acontece...
Dorme, e sonha com a manhã dourada!
Ivone Alves Sol