Retorno à Inocência?

Às vezes, eu viajo no tempo.

Não há máquinas ou naves:

Apenas o meu pensamento.

E estas viagens são suaves.

Sigo as ruas da lembrança.

Basta uma brisa, um sopro,

E, súbito, o ido me alcança.

Então, não sou eu, sou outro.

Muito mais doce, puro e leve.

Exemplo: lembro de um celeiro.

E sinto uma paz quente, breve,

Além da carícia do vento-norte.

Ouço cantigas, até candeeiros.

E percebo: que minha, a sorte...