Amor Profano
Eu te amo - calma como virgem pura
E cristalina como a luz do dia.
Mas misteriosa, como a noite escura,
E mentirosa, no seu dia-a-dia.
Eu te amo sempre, como criatura
Leviana e fútil, desleal, sombria,
Inconseqüente na descompostura
E intransigente na sua teimosia.
Amante reles e despudorada!
Na tentativa - que não vale nada -
De convencer-me com os teus espasmos,
Deixa-me insano, que no meu furor,
O antagonismo do que é o amor,
Explode numa sucessão de orgasmos!