Gratidão
Amada poetiza, minha musa!
Perdoa se, de cisma, não me atrevo
A te citar nos versos que escrevo,
Na minha poesia tão confusa!
Se o ímpeto me vem, não sei se devo,
Mas minha consciência não se escusa
Dizer-te, minha amiga! Só recusa,
Expor-te a toda gente. Não me atrevo!
Importa-me que saibas que te devo
A minha gratidão. E nunca esqueço
‘Aqueles a quem devo gratidão.
Merecedora que és do meu enlevo,
Aqui, eu confessando o meu apreço
Por ti (quero saber): Perdoa, então?
(Dedicado a Ledalge)