DISSABORES

A noite se fecha com desencanto

Olhos esbugalhados gritam de dor

Tateiam perdidas as mãos sem cor

Escorrega em meu rosto, pranto.

A madrugada fria range pungente

Ventos ressecam a minh’alma...

Desassossego, se foi a calma...

Nada mais na vida é mais urgente.

O amor morreu nos braços escuros...

Da noite rasgando uivos assustadores

Carne nua, crua desalinhada em dores

Gritos atirados em cima dos muros

Coração seco sofrendo horrores...

Da vida só me sobrou os dissabores.

Segunda poesia do meu desafio (falar do outro lado do amor)