Succubus
Refúgio procurei na sua cama,
Achei-o, mas cansei da sua voz,
Que às vezes suavizou, noutras foi algoz,
Infindável sermão que só reclama...
Ah, menina sem fé, de humor atroz,
Louca pra consumir-me nessa chama,
Virada em submeter-me nesse drama,
E tornar branda minha alma feroz.
Se desfez em chantagens, chorumelas;
Em seduções, sevícias e amarguras:
Me esfacelou qual chuva em aquarela!
Sinto muito este adeus deselegante,
Mas prefiro sofrer qualquer tortura
A viver nesse tédio sufocante.