Sonhos
Somente os sonhos sanam saudades
Que além do mar há muito dormem
Perdidas em tolas, vãs realidades
E pouco a pouco adoecem e morrem
E se não morrem, se perdem no tempo
A se alimentar em frugal esperança
Aguardando o desejado momento
Em que se livrarão dos grilhões da lembrança
E sonhos são estrelas distantes
Cuja luz viaja o infinito
Até chegar aos olhos carentes
E os sonhos jamais padecem
Pois seu brilho, já disse, é infinito
E muito mais que o Sol, resplandecem.