Pedra de Jade
Tu te encontras no orvalho da manhã
És noite que desnuda ensolarada
No calor do silêncio lapidada
Em dia frio esquecido em seu afã
Na lágrima revelas derramada
Por teus olhos mistério qual terçã
E o sorriso em que vejo entristecida
É o pranto que divaga em vida vã
Vais, então, como choro machucado
Pelos dias, pelas horas do passado
Instantes que te lembro em cada cais
Mas tu vais sem sequer ter avisado
E eu fico neste porto abandonado
Receando que não voltes nunca mais