AFLIÇÃO...

 

 

Onde deixei a alegria de outrora

Por onde anda todo aquele encantamento

Que me causava tanto embevecimento

E que a mágoa me levou tudo embora?

 

O que será que posso eu fazer agora

P’ra que termine este esmorecimento

Em meio a dúvidas e desvanecimento

Em que me perco, sem apoio ou escora?

 

Onde será que findará minha jornada

O que encontrarei no fim dessa estrada

Verei findar esse meu tempo de espera?

 

Por que mergulho nessa angústia que atormenta

Onde encontrar aquela paz que acalenta

E libertar-me da aflição que encarcera?

 




Uma semana iluminada a todos!


 


DE AFLIÇÕES

 

De aflições, a vida nos cumula,

A provocar intensa inquietude;

Se me atormenta aquilo que não pude

Realizar o sonho que me azula.

 

Dias nublados, desses que, amiúde,

Sem que se saiba, ao certo, como mude

Essa tristeza, incômoda e rude,

Tingem de cinza a tudo que se alude.

 

E vê-se, então, no dia que amanhece,

O manto escuro da melancolia

Turvar a luz do sol, sem que se possa

 

Tomar nas mãos a placidez só nossa

E contemplar o céu com alegria,

Agradecendo o dom da vida, em prece.

 

(Mario Roberto Guimarães)

 

Obrigada, meu amigo, por estes

estupendos versos que vêm

abrilhantar a essa escrivaninha.

Seja bem vindo, sempre!

 

(Milla)







NÃO DESFALEÇA

 

Tu não sabes, mas fostes devorada,

Pela angustia que molda nosso ser,

Nos levando de forma desastrada,

Aos barrancos de intenso entristecer.

 

Felizmente são os casos sazonais,

A seguir vem as novas investidas,

Levantando entre todos a moral,

Argüindo um novo sentido a vida.

 

Seja crente num amanhã iluminado,

Não desfaleça sem doenças aparentes,

Dita missão vitalizando a sua mente.

 

Te interrogas de modo exacerbado,

Extrapolando os meandros da derrota,

Reza tranqüila, o Deus, será sensato.

 

(Miguel Jacó)

 

Obrigada, Mestre Miguel Jacó, por esses versos

de extrema sensibilidade que vieram

enriquecer esta humilde escrivaninha.

Venha sempre, abraços

 

(Milla)