ORNITÓIDEO

Riscando o céu o pássaro fugia,

Para o distante azul seguia reto,

Nas asas carregava a luz do dia

E com ela marcava seu trajeto.

Fugira da gaiola que o prendia,

Ia voando rápido, direto,

Embora não soubesse se seria

Novo mundo de Amor ou desafeto...

Onde estivera preso tantos anos,

Sofrera o mais atroz dos desenganos,

Seu canto já não tinha mais valor...

Tornou-se apenas penas na gaiola,

Seu alpiste era dado como esmola,

Já que na voz não tinha mais Amor...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 25/03/2011
Reeditado em 18/12/2012
Código do texto: T2869193
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