DE SAUDADE!
No meu barco da vida — velas pandas —
Com pressa de chegar ao fim da viagem,
Fecho os olhos e vejo a sua imagem
Na proa me acenando com mãos brandas.
O vento mais parece doce aragem
Alisando-lhe a linda cabeleira,
E o barco se alongando da costeira
Digo adeus a este mundo... com coragem!
Irei então vogar em outros mares,
Desconhecidas águas e lugares,
Jardins floridos, aves, liberdade.
É a vida eterna, linda, não se acaba...
Mas, ao lembrar “olhar jabuticaba”,
Talvez, de novo eu morra... de saudade!