À espera

Num cubículo, doze metros quadrados

Olho o mundo, debruçado na janela

A paisagem de tons amarelados

De mais um fim de tarde à espera dela

A menina dos cabelos enrolados

Que conheço de uma realidade paralela

De conversar e andar de braços dados

Num universo que se resume à eu e ela

Neste quarto onde vivo solitário

Na imensidão de uma cama vazia

Embriago-me de um vinho ordinário

Vendo o tempo se arrastar a cada dia

Sem querer avançar no calendário

Para tornar minha solidão em alegria

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 10/04/2011
Reeditado em 10/04/2011
Código do texto: T2900490
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