Levanta

Rotula, marca-passo na areia,
Aperta o gargalo em falsete,
Que ou se carrega o sinete
Ou a briga não se receia!

Não choram por ti as seringueiras,
E as nuvens dos céus te são alheias,
Se não acordas liberto das teias,
Não serás campo a vingar roseiras.

E não me julgue a severidade,
Sou contraponto à tua apatia
O que em terra não se planta...

Por maior que seja a vontade,
Em terra jamais se cria,
Toma-me, pois a mão, levanta!