Laura
(Fulana, como é sadia!
Os enfermos somos nós.
Sou eu, o poeta precário
que fez de Fulana um mito,
nutrindo-me de Petrarca,
Ronsard, Camões e Capim
Carlos Drummond de Andrade)
Restará em pensamento cada vez mais pura
A imagem da mulher que me causa o tormento
Em sua ausência vivo uma eterna tortura
A espera dela arrancar-me do esquecimento
Volta pra casa e devolve à vida a doçura
Sem você nosso lar é apenas sofrimento
O meu peito clama teu nome, amada Laura
A mulher que tanto me encanta o pensamento
Tento eternizar assim em humildes versos
O mais puro sentimento que arde em meu peito
Unindo para sempre nossos universos
Volta pra casa amada minha e não demora
Preciso descansar meu corpo no teu leito
Preciso saciar o amor que me devora