FINALMENTE

Sempre fugindo da algazarra das ruas
Buscava a paz na minha emoção
Escrevia versos em noites de lua
Tentando afugentar a solidão...

E no silencio do quarto pouco iluminado
Olhava o céu salpicado de estrelas
E como sempre, ninguém ao meu lado
Tentava fielmente traduzir minha tristeza.

Absorta em solitários pensamentos
Eu navegava rumo ao desconhecido
Tentando apaziguar meus sentimentos;

Até que o deus do sono, docemente
Com dó de mim, me estendia os braços
E aconchegada, adormecia finalmente.



Brasília, 14/04/2011