Morta
Escorram, lágrimas! Libertem-me hoje.
Escorram, sim! Dê-me paz, escorram.
Minh’alma hoje foge.
Que meu peito e desejo morram!
Somente as estrelas ouvem as lamúrias
De um coração apaixonado.
Correm soltas no peito as fúrias
De um pobre ser abandonado.
Sinto vir a mim um forte frio,
Faz-me parte o vazio
Frio e vazio que em minh’alma corta.
Escuridão que preenche-me de imediato
Sombras que fazem parte dos fatos
Dores incessantes que tornam-me morta!
19/08/2006(sábado)