Agonia

Ir-me de tua vida, embora tarde

Ainda me agoniza e consome

Minha alma tatuada com teu nome

Inda sente o entalhado que lhe arde

Se de ti meu corpo míngua pela fome

Não lhe posso repreender, pois sou covarde

Procurando um motivo que retarde

Vou lhe dando outro alguém, um codinome

Ir-me de uma vez, por quantas vezes?

Em todo esse tempo, tantos meses

Me viram te querer em demasia.

Parte-me a alma, ir de vez

Cair nos braços sãos da sensatez

E só poder te amar na poesia.