I N E X T R E M I S
No topo do calvário ele agoniza,
feridas marcam-lhe o martírio atroz,
que culpa, acaso, assim o penaliza,
para o deleite duma turba algoz?
Foi delito o amor que fraterniza
na sublime mensagem, à forte voz?
Não, foi luz que o caminho sinaliza
com intensa claridade a todos nós.
Eis o Cristo, com morte em seus sentidos,
mas, antes que se cumpra a iniquidade
não condena os carrascos envolvidos.
Ao contrário, ante tanta crueldade,
sua voz é ouvida, entre gemidos:
-"Perdoa-lhes, meu Pai, por piedade"!
No topo do calvário ele agoniza,
feridas marcam-lhe o martírio atroz,
que culpa, acaso, assim o penaliza,
para o deleite duma turba algoz?
Foi delito o amor que fraterniza
na sublime mensagem, à forte voz?
Não, foi luz que o caminho sinaliza
com intensa claridade a todos nós.
Eis o Cristo, com morte em seus sentidos,
mas, antes que se cumpra a iniquidade
não condena os carrascos envolvidos.
Ao contrário, ante tanta crueldade,
sua voz é ouvida, entre gemidos:
-"Perdoa-lhes, meu Pai, por piedade"!