LÁGRIMAS DE OSTENTAÇÃO

Não ouviu do teu choro de cobiça

O exprimir de desejo tão profano

Que a podridão do ensejo tece o pano

E o cheiro deste pranto é de carniça?

Que lascívia ressecou estes teus olhos

Pra tanto inebriar em cada lágrima

Tristeza em cultivar tamanha lástima

Que a estima do querer deixou retalhos

Se teu alvo é de amor ambicionado

Que fora imerecido ou lhe negado

Resguarde o coração deste rancor

Pois vejo no fluído amargurado

Que emana desse olhar desesperado

O ostentado de um choro pecador

Daniel C Rodrigues
Enviado por Daniel C Rodrigues em 22/04/2011
Reeditado em 26/02/2016
Código do texto: T2923655
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