Poesia Errada

Tenho medo de andar nesta estrada.

Foi marcada e escolhida, é severa;

boi na espera, esta vida, pintada,

bem qual cada estancar, primavera.

Quem me dera, escolher, despedida,

pois ferida, a cabeça é o meu mar.

Dois no altar, aconteça esquecida,

bem na ardida do ser, que a odiar,

faz seu par, tão somente e padeça,

tal a avessa, verdade e ao querer,

mal vai crer, sua idade, apodreça!

Trás quem cresça semente a verter,

Sem poder, seu caminho, e vaidade,

vem cidade a morrer, tão certinho.

Amargo
Enviado por Amargo em 24/04/2011
Código do texto: T2928349