Versos Livres
Travo um verso sereno no asfalto,
prego ao alto uma frase de adeus.
Cego em deus numa crase me falto,
lavo o salto e aceno aos plebeus.
Pois são meus os que nego na base
feito um quase, o agravo pequeno,
peito ameno, um centavo que jaze,
dois na fase que ofego o terreno.
Tem meu pleno, perfeito conchavo;
é que escravo, depois, ora alego,
fé que nego a teus bois, e escavo
bem no favo e enfeito, e emprego,
só um lego, um filé que ora sois,
pó depois um vintém, verso cravo.