Versos Livres

Travo um verso sereno no asfalto,

prego ao alto uma frase de adeus.

Cego em deus numa crase me falto,

lavo o salto e aceno aos plebeus.

Pois são meus os que nego na base

feito um quase, o agravo pequeno,

peito ameno, um centavo que jaze,

dois na fase que ofego o terreno.

Tem meu pleno, perfeito conchavo;

é que escravo, depois, ora alego,

fé que nego a teus bois, e escavo

bem no favo e enfeito, e emprego,

só um lego, um filé que ora sois,

pó depois um vintém, verso cravo.

Amargo
Enviado por Amargo em 25/04/2011
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