Soneto do Amor Esvaído

Brota cândido e inesgotável flamejo

Na estante da vida, reza o fleimão

A acalcar labiríntico hipotálamo, vejo

Instantes de luz em demasia... Ou não.

Adjetivo acético margeia a aragem

Sem discrição, esmero ou falha

Passa o peito a poluir ré miragem

Um ser de acúleo, prognata entalha.

Meio casca, meio néctar de lado

Escorre seiva à noite despedaçada

Jaz em malaca, abril concatenado

Esposa, em cinetose, aleita... Assada.

Esparrama a esperança no vurmo ulcerado

Na escotilha, o corvo flerta com o depenado.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 17/11/2006
Código do texto: T293841
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