MAIO, MÊS DAS ROSAS

Às inúmeras roseiras dos belos jardins da minha

terra que, todos os anos, no mês de maio,

perfumam e enchem as ruas de infinita beleza.

Amores há que nascem de sorrisos,

Como da roseira nasce a bela flor,

Olhares que, no momento preciso

Se apaixonam loucamente de amor.

Por entre as belas rosas do meu jardim

Nunca nenhum cruel espinho me feriu,

Mais dolorosa é tua ausência em mim…

E aquilo que teu coração nunca sentiu.

Ah, lindo maio, mês da rainha das flores

Naquele jardim nunca por mim esquecido

Minha saudade fez uma eterna morada.

Nas mãos do último dos meus amores...

Entreguei meu coração calmo, rendido

E colhi a minha última rosa orvalhada!

*

Todos os anos em maio, todo o território português se assemelha a um gigantesco jardim florido.

É o mês das rosas e as roseiras continuam seu círculo de vida embelezando e perfumando tudo e todos, satisfazendo-se com as gotas de orvalho e as inconstantes e cada vez menos esporádicas chuvas.

Lembro-me que quando eu era criança, e chegava o mês de maio, abria as janelas e ficava deslumbrada e embriagada com tanta beleza e perfume. No meu jardim, cheio de rosas coloridas e perfumadas, cada uma mais bonita do que a outra, todas disputavam os olhares de encanto daqueles que passavam lá fora, na calçada.

No meu jardim eu respirava o perfume de todos os meus sonhos e desejos de viagens por fazer. Da minha janela eu via a terra inteira e o meu jardim era a capital do mundo. Debruçada sobre as minhas roseiras e canteiros, eu sonhava e acreditava que tudo era possível.

O mês de maio é, por excelência, o mês das rosas, e é com todo o gosto que vos ofereço estas!

Ana Flor do Lácio (02/05/2011)

Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 02/05/2011
Reeditado em 03/05/2011
Código do texto: T2943759
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