Dois mil versos escritos na estrada,
qual a espada, a rasgar seu destino.
Sal e ensino, é o versar da jornada,
pois lançada em conflito, em canino,

fez seu sino, um tal qual, um altar.
Tanto ao mar, e um depois, infinito,
quanto ao mito que sois; vá brindar,
vez que em par, é sinal, eu predito.

Mas se aflito em meu canto ou depois
Eu, não dois, meu talvez, por final,
leu no astral rigidez de um ou dois,

paz e um pois, qual espanto anormal,
és, total, o Odisseu, e eu, freguês:
Té que um três tanto faz te garanto.


Em homenagem a Nilza, pelos dois mil poemas postados.
Amargo
Enviado por Amargo em 03/05/2011
Reeditado em 03/05/2011
Código do texto: T2947531