FALSIDADE!
Sádica máscara que se escancara
Em escarros, em risos à nossa cara
Sonolento, lento, o infame beijo
Do corpo, a ânsia, d’alma, o sobejo
Galopando em vis golpes de espada
Empanada, frenética, traiçoeira
Sorrateira ave de rapina, alada
Devora da carne, gota derradeira
Na ala deitada, resvala zombeteira
Ri-se, estridulante na cínica porta!
A face se desfaz, frágil, verdadeira
Na vala devassa que já não comporta
Valsando ao som de ilusão faceira
Despir de vestes, Ser... a alma se mostra.