FALSIDADE!

Sádica máscara que se escancara

Em escarros, em risos à nossa cara

Sonolento, lento, o infame beijo

Do corpo, a ânsia, d’alma, o sobejo

Galopando em vis golpes de espada

Empanada, frenética, traiçoeira

Sorrateira ave de rapina, alada

Devora da carne, gota derradeira

Na ala deitada, resvala zombeteira

Ri-se, estridulante na cínica porta!

A face se desfaz, frágil, verdadeira

Na vala devassa que já não comporta

Valsando ao som de ilusão faceira

Despir de vestes, Ser... a alma se mostra.

Vivianna di Castro
Enviado por Vivianna di Castro em 07/05/2011
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