INTROMETIDA!
Peço-te perdão pelos versos que te faço
Pelos meus olhos velados que vazam prantos
A mão teimosa que num sonhado abraço
Vai desenhando letras de amores tantos
Por invadir-te a noite em pensamentos
E no escuro de sombras amedrontadas
Ir buscar-te a voz, face em fimamentos
Astros sem rastros, estrelas afugentadas.
Por esta alma sôfrega que a ti beija
Tropeçando passos de rosas desfolhadas
Tímida pétala, do galho, afanada
Perdão à minha poesia embriagada
Trôpega saliva,sal no beijo me deixas
Se esvaindo em versos de vazio e queixas.