BEIJO

(para Beatriz Guimarães)

No amplo largo da janela,

De corpo dorido e cansado,

Inda o sol assim meio acordado,

Rio passante como aguarela,

Que corre com água tão bela

Como se fora quadro pintado

Por artista, ou poeta apaixonado,

Lembro este que é o sorriso dela,

Lábios róseos como carmesim,

No castanho de pele adornados,

Frutos gémeos de um jardim.

Ai, quem dera, tê-los aqui,

Doces carícias, beijos salgados,

E assim morrer, vivendo em ti.

Jorge Humberto

(02:22/Abril/23/03

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 20/11/2006
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