Soneto n.202

CUBRAM-ME DE ROSAS

Ah! Cubram-me de rosas agrestes
no dia em que me for - sozinha -
feito uma alma que ali caminha
nua, e sem suas terrenas vestes.

Cubram-se de rosas... e ciprestes
num arranjo de laços com fitinha,
murmurando uma mágica ladainha,
sob o azul de cinco arcos celestes.

Não conteste: se eu mudo de porto,
apenas o meu cansaço estará morto,
se só deste lado não sinto ou sorrio.

Ainda assim eu quero rosas delicadas
margeando as minhas novas estradas,
como se ora navegasse um florido rio!


Silvia Regina Costa Lima
22 de fevereiro de 2011



Obs: Não estou mórbida nem desejando partir, é apenas mais um soneto do meu eu-lírico.
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 13/05/2011
Reeditado em 07/10/2015
Código do texto: T2967343
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.