Prazer do Sertão

Sorriso com dentes cerrados

Deleites que inda se deram

À lei macia dos quadros

Romances escapam e geram.

Dum povo festeiro e bravio

Fez mugir o amor do sermão

Em tudo que toca seu fio

A noite pariu o fleimão.

Não se vê conforme rezam

Nem se faz com tanta margem

Léguas de sertão se prezam

Melodia tocante, imagem.

Uma febre em macérrimo ser

Fé indubitável; ode ao prazer!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 21/11/2006
Reeditado em 23/11/2006
Código do texto: T297092
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