ESPOLIADO

Cinge-me a solidão, meu coração,

Isolado, reclama viver triste,

Chego a pecar pensando em Deus, que insiste

Em não me revelar a direção,

Que insiste em não pegar em minha mão

Que dessa lida lúgubre desiste,

Sem compreender o que realmente existe

Entre o pálido céu e o duro chão...

Meu caminho juncado com espinho

Parece nem chegar ao horizonte,

Meu sonho teme caminhar sozinho...

Se eu tenho que sofrer sem ver a luz,

Por que, afinal de contas, n’algum monte

Aquele homem subiu n’alguma cruz?!

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 18/05/2011
Código do texto: T2977095
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