SE UM PÁSSARO ME TOMASSE...

Se, em suas asas, um pássaro me tomasse

e, no espaço etéreo, eu subisse, subisse,

até que de tudo que é terreno eu fugisse,

talvez, até, que noutro ser eu me tornasse...

Um ser liberto de penas mas que voasse,

um ser inteiro e perfeito que não fingisse,

um novo ser que a si mesmo não se visse

até que... numa outra dimensão entrasse!

Se um pássaro comigo trocasse suas penas,

e eu logo me transformasse num ser alado

com novas capacidades valiosas... plenas,

eu me surpreenderia por jamais ter voado,

por me ter limitado a caminhar, apenas...

Por tamanha vulgaridade me ter bastado!

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 22/11/2006
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