Torrencial!

Os jardins, e todos os olhos que viam, e narizes que cheiravam.

Todos os gestos e mãos e pés, e bocas que amavam.

Em meio a torturas seculares, e brochuras que apagavam.

O salto do homem, do mar para terra é nada.

Os bosques, a pseudo-calmaria das tardes, agora, queimavam.

Os vagalumes descentes que rebrilhavam...

As inocentes e irrizórias pessoas que passavam...

E os rios, mares, lagos e poças onde andares: Devastados.

E a torrente que não cessa seus lagares.

E o delírio que invade, e amortece o silicone: Que escorre.

Entre as penas e cruezas mais audazes.

Veio desmoranando todos os lugares. E não tem pressa: O desastre.

Ele apenas é torrencial e invade. Cumpre-se e mata os covardes.

Ele é cinzel e destarte fere e abate.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 22/05/2011
Código do texto: T2985518
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