SENTIDA

Estou sentida e amarga como o fel

De desgosto estou exausta afundo

Nesse mar indefinido e escuro

Se emergir consigo, nem diviso o céu

Se permaneço inerte sei que morro

Não me aludo a essa morte concreta

Que simplesmente se morre e enterra

Mas daquela que mata os sonhos e alegria

Leva o brilho dos olhos, sem o luar no céu

Leva-me o ar, sem meu bem para beijar

O que terei eu? Nada me importa, vivo ao léu

Fico eu uma sombra vazia, vagando a beira mar

Procuro minha autoestima, que dia desses se perdeu

Sei que haverá reencontro, mas agora esse abandono sou eu!

Zeni Bannitz
Enviado por Zeni Bannitz em 23/05/2011
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