OUTRA VEZ
Estou sofrendo de novo uma desilusão de amor
Nem sei contar quantas vezes isso já me aconteceu
Nessa vida, até hoje não dei sorte, só rimei amor com dor
Escrevo e espero outro encanto que me enleve no apogeu.
Já escrevi muitos poemas de felicidade, otimismo e alegrias
Registrei no auge da minha euforia, minhas ilusões fugidias
Hoje registro mais um soneto triste, ébrio e febril de amargor
Com o peito explodindo em angustia, me visto de anseio e miséria.
Aborrecida só me distraio estudando ou no trabalho
Os dias passam sem nexo, no vazio definho, esgalho
Ando com Deus a rezar, peço-Lhe de volta as cores
Pois meu cotidiano anda cinza, e sem o matiz das flores
Sei que dia desses me restauro, sempre das cinzas renasci
Escrevo e durmo, pois sei que logo brotaram em mim novos amores