OUTRA VEZ

Estou sofrendo de novo uma desilusão de amor

Nem sei contar quantas vezes isso já me aconteceu

Nessa vida, até hoje não dei sorte, só rimei amor com dor

Escrevo e espero outro encanto que me enleve no apogeu.

Já escrevi muitos poemas de felicidade, otimismo e alegrias

Registrei no auge da minha euforia, minhas ilusões fugidias

Hoje registro mais um soneto triste, ébrio e febril de amargor

Com o peito explodindo em angustia, me visto de anseio e miséria.

Aborrecida só me distraio estudando ou no trabalho

Os dias passam sem nexo, no vazio definho, esgalho

Ando com Deus a rezar, peço-Lhe de volta as cores

Pois meu cotidiano anda cinza, e sem o matiz das flores

Sei que dia desses me restauro, sempre das cinzas renasci

Escrevo e durmo, pois sei que logo brotaram em mim novos amores

Zeni Bannitz
Enviado por Zeni Bannitz em 23/05/2011
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