É TARDE
É tarde
É tarde, o sol descamba no poente!
Nada foi feito do que poderia.
Já chega a noite, está findando o dia...
É tarde, o fim chegou tão de repente...
A solidão insiste em ser frequente,
há silêncio no ar, a cantoria
já não abraça a antiga poesia...
O olhar está cansado e diferente.
O vendaval que havia no passado,
agora é brisa mansa na campina.
O céu já não parece enluarado.
Paixão é a necessária medicina.
Eis o ponto final já desenhado
na prosa no boteco ou lá na esquina.