A Noz

Eu muito precisei ouvir a tua voz...

Mas no meu ouvido apenas sussurrou.

Acho que não sabes ao certo quem eu sou,

Você aí e eu cá, mas eu preciso de nós.

Diz-me, porque agora estamos sós?

Ligeiro como um raio, mas será que já piscou?

Como o fruto seco de uma só semente, a noz.

Lembro-me do olhar de quando me olhou...

Mas renasce em mim marcas e feridas.

Quando te vejo nascer em outra horta.

E brotando, adentra no meu coração partido,

Entrando pelas veias sem achar saídas.

Fazendo-me sentir uma dor que ninguém suporta.

Pois a paciência às vezes é meu sentido.

Danilo Figueiredo
Enviado por Danilo Figueiredo em 27/05/2011
Reeditado em 27/05/2011
Código do texto: T2997233
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