Soneto com  Pausa

Vi passar meu presente, perdido,
leito lido, tão branco, pequeno.
Feito seno, me arranco, em ruído
E no ouvido, tão rente, o aceno,

qual veneno desfeito e, estanco,
todo flanco, dorido ou, recente.
Lodo, ausente o rugido, no banco
sal desbanco, perfeito, carente.

Fui a frente do engodo, perdido,
Sem o adido ou seu mal, reeleito
bem de espreito afinal, o saído,

flui garrido, por rodo, direito.
E eu sujeito, dum trem, abismal:
meu sinal não mais mui, acomodo.
Amargo
Enviado por Amargo em 28/05/2011
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