INEDITA FUGA CORPORAL
Fostes vítima de uma fuga corporal,
Penetrando em uma suave visão,
Contrastando ao fato mais original,
Do que pensa o teu nobre coração.
Estivera junto a mim ainda a pouco
Fomos fundos num querer animador,
Pra me ver assim tombado de repente,
Nesta pedra, desalmado e sem ardor.
As tuas veias sentiram–se esvaziadas,
E o teu corpo foi tomado em calafrios,
As memórias como fossem apagadas.
De supetão recobrastes a consciência,
Em gesto enfático abraçou-me apertado,
Justo a quem, em sonho tinhas matado.
LUSO POEMAS,28/12/16