Não Lamente...

Nunca vi uma folha que caia sequer

Sentir pena do que lhe aconteceu

Nunca vi um pássaro que ao chão se perdeu

Sentir pena do destino que se requer

Nunca vi uma serpente lamentar

Pela picada que ela mesma deu

Nunca vi uma árvore ao vento chorar

Pela raiz que se lhe rompeu

Por que choraria pelo simples fato

De não ter encontrado a “alma gêmea”

E viveria sofrendo absoluto, calado?

Pois nunca vi o ódio ser razão de suspiros

Nem tão pouco a agonia servir-me de abrigo

Sentirei sim, disso tudo, um grande alívio

Paulo Poeta
Enviado por Paulo Poeta em 24/11/2006
Código do texto: T300226