A espera

A Espera

Qual destas mortes a espreitar-me no caminho

De uma jornada sem motivo sustentada?

Aquela calma e salutar de um passarinho,

Ou uma outra de uma gente assassinada?

Qual negra morte observa em cada esquina,

A ironizar da incerteza que entristece,

Ao perscrutar no limpo céu a triste sina,

O pobre espírito do Homem que padece?

Quando vier que cedo logo se apresente,

Sem fingimento, disfarçada, indiferente,

Quando chegar que se instale sem demora.

Pois que o momento conformado da partida,

Foi aguardado, cortejado, em toda vida,

Nesses minutos do bater de cada hora.

Piloto
Enviado por Piloto em 30/05/2011
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